domingo, 18 de março de 2012

Há seis meses das eleições, candidatos buscam alianças

Em contagem regressiva para as eleições municipais deste ano. Em Macapá, alguns nomes já foram confirmados na pré-disputa que ferve nos bastidores políticos. Nesse momento, o objetivo é formar alianças e tentar juntar o maior número possível de bons aliados para enfrentar o pleito.
Temos hoje nove nomes e partidos na disputa que no decorrer do tempo devem chegar no máximo a seis candidaturas, já que as alianças irão ocorrer, além de possíveis composições de vice nas chapas que começam a se formar. Vale destacar que o pleito deste ano é tido como uma prévia para dos primeiros compromissos para 2014, pois quem estiver junto em 2012 provavelmente estará criando a base para a próxima disputa do Setentrião, que hoje é ocupado pelo PSB.
O PDT de Roberto Góes pode ter consigo o DEM que hoje tem a Vice Helena Guerra além de outras secretarias que ocupa na PMM juntamente com o PP e o PMDB que também fazem parte da administração municipal. O prefeito Roberto iniciou um diálogo com o PSC do presidente da AL, Moisés Souza, para que o mesmo avalie a possibilidade de apoiá-lo na disputa deste ano.
O PSB da família Capiberibe deverá lançar a deputada Cristina Almeida e provavelmente terá o PT na aliança, além dos partidos PR e PRB como aliados mais próximos.
PTB poderá lançar o nome de Lucas Barreto ou apoiar o DEM, que pode trazer o nome do deputado federal Davi Alcolumbre que hoje é aliado do Roberto Góes, pois os democratas têm a vice Helena Guerra além de várias secretarias municipais. Lucas chegou ao segundo turno das eleições de 2010 e é um forte candidato à PMM 2012.
O deputado Davi tem hoje três caminhos: manter as secretarias com Roberto Góes e a vice hoje ocupada por Helena Guerra, ou confirmar sua candidatura com apoio de Lucas, se o mesmo não se lançar a candidato à PMM. Dizem também os bastidores que Davi avalia a possibilidade de ser vice de Lucas Barreto na disputa da PMM 2012.
O PSDB tem o deputado estadual Michel JK como candidato à PMM. Ele busca uma aliança com o PSC de Moisés Souza, e mantém também uma conversa com o PPS e o PTdoB para viabilizar sua pré-candidatura.
O PPS tem o ex-secretário Allan Sales que hoje dialoga com o PSOL e o PSDB e outros partidos, pois Allan avalia as composições, mas busca viabilizar uma aliança que leve seu nome na cabeça da chapa, mas sem vaidades. Allan está aberto ao diálogo para as possíveis alianças. Sua pré-candidatura tem projetos e um compromisso com o povo de Macapá.
O PSOL tem o vereador Clécio Luis como pré-candidato, que hoje conversa com o PTC da vereadora Adriana Ramos e o PCB do vereador Nelson Souza, além do PPS de Allan Sales, PTB de Lucas e o PSDB de Michel. Clécio tem tido diálogo, mas o PSOL tem uma meta que é fechar uma chapa. O PSOL, PTC, PCB querem o PPS nesta chapa.
PCdoB tem o deputado federal Milhomen como pré-candidato. Hoje o partido tem secretaria de Esportes no governo do PSB, mas busca alianças para firmar sua pré-candidatura ou apoiar o PSB.
O PT tem o nome da vice-governadora Dora Nascimento, mas também faz parte do governo PSB com secretarias e vice-governadoria. Neste quadro é pouco provável que o governador irá abrir mão deste aliado precioso na disputa deste ano.

Prazos
Assim como o tempo está se exaurindo para as composições, o calendário eleitoral aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também conta com prazos fatais para os candidatos. As eleições de outubro próximo servirão para escolher novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.569 municípios brasileiros. Com primeiro turno marcado para o dia 7 de outubro, o tempo urge e cumpre aos atores (eleitores, candidatos e partidos políticos) estar atentos às respectivas datas, sob pena de preclusão, ou seja, perda do direito, de termo ou faculdade, pelo não exercício no tempo prefixado em lei para a sua ultimação. 
Assim, o dia 7 de outubro de 2011 mostra-se fundamental, como marco temporal importantíssimo para o processo eleitoral brasileiro das eleições municipais de 2012. A Lei Eleitoral exige que o candidato a cargo eletivo tenha domicílio eleitoral na circunscrição a qual pretenda concorrer, vale dizer, deve ser no lugar da sua residência ou moradia, ou, ainda, conforme decisões do Tribunal Superior Eleitoral, o local onde o interessado tem vínculos – negociais, sociais, políticos ou patrimoniais.
No mesmo prazo, também por exigência legal, os candidatos a cargos eletivos para o pleito de 2012 devem estar filiados a um partido político, ou seja, o candidato aceita e adota o programa de um partido político, estabelecendo um vínculo entre ele e o partido. Por disposição constitucional, é condição de elegibilidade ter filiação partidária (artigo 14, § 3º, inciso V da Constituição Federal). E somente pode se filiar a partido político o eleitor que estiver no gozo de seus direitos políticos (Lei 9.096/95, art. 16).
No atual sistema, existem 27 partidos políticos devidamente registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral e mais quatro aguardando pedido de registro, ante esse mesmo órgão da Justiça Eleitoral responsável pela tarefa de regularizar a agremiação partidária.
As datas preestabelecidas são fatais e podem comprometer todo o trabalho eventualmente já desenvolvido por parte dos respectivos agentes, partidos e agremiações. Partidos e candidatos tem até 5 de julho, data limite, para registro de candidaturas e suas respectivas alianças. No dia 6 de julho é o começo oficial das campanhas nas ruas pela disputa da Prefeitura de Macapá e da Câmara de Vereadores.
Jornal do Dia

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