quarta-feira, 18 de abril de 2012

Educação estadual para na sexta-feira

O desgaste do governador Camilo Capiberibe na área da educação só tende a aumentar com a greve geral dos professores, marcada para iniciar na sexta-feira (20). Mais de 170 mil alunos ficarão fora da sala de aula em todo o Estado. O calendário letivo das escolas ficará comprometido e os alunos terão pela frente maiores dificuldades de aprendizagem.
A situação entre professores e governo piora cada vez mais. É num quadro que poderia ser evitado pelo Executivo, visto que os profissionais buscam um reajuste de pelo menos 20% para se aproximar do piso nacional salarial. Para chegar a esse piso seria necessário um aumento de 33,7%. No entanto, o que o governo concede é um reajuste de 8% linear mais 7% ao vencimento base, totalizando apenas 15%.
Na assembleia geral do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap) realizada na última segunda-feira (17), os profissionais não aceitaram a proposta do Executivo referente ao processo de negociação salarial, e deflagraram greve geral. O sindicato tem o prazo de 72 horas para comunicar a decisão, oficialmente, ao governo.
“Até quinta-feira (19), o sindicato estará conscientizando os professores, alunos e pais sobre o real motivo da paralisação, colocando as situações que levaram a categoria a aderir à greve”, disse o diretor de Imprensa e Mobilização do Sinsepeap, Sandro Rogério Bezerra Dutra. No interior também será feito esse movimento. Inclusive, na tarde de ontem, uma equipe do sindicato viajou para o município de Itaubal. 
Em Santana, o movimento de paralisação vem sendo feito pelo sindicato com mais facilidade. No primeiro momento, a comunidade santanense está sendo conscientizada sobre os motivos da greve. 
Na visão do sindicato, o percentual para se chegar ao piso salarial tende a aumentar anualmente, o que dificultaria as negociações com o Governo do Estado. “O governo tende a chegar em uma situação que não terá condições de alcançar este percentual”, explicou Sandro Dutra.
Alguns prefeitos, com orçamento menor do que o Estado, estão conseguindo melhor resultado em relação ao assunto. “Não estão pagando tudo de uma vez, mas com boa vontade chegam próximo ao piso. Isso foi fruto de discussão em Macapá e Santana. Entendemos que se essas prefeituras tiveram consenso, o governo também deve ter. Se não dá para pagar os 33,7%, então que pague os 20%”, concluiu.
A Gazeta Amapá

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