domingo, 7 de abril de 2013

Efeitos da alta concentração de ferro na água começa a preocupar população de Santana

A comunidade do Elesbão, localizada próximo da área onde caiu o píer flutuante de 200 metros da mineradora Anglo American, começa a sentir os efeitos da contaminação da água do rio Amazonas. A quantidade ainda é incerta, mas sabe-se que foram toneladas de minério de ferro e demais detritos que caíra na água no dia 28 de março, quando aconteceu o acidente que vitimou seis pessoas.

Se não for possível retirar todo o material que foi para o fundo, especialistas acreditam que pode ocorrer o assoreamento do rio, afetando a biologia aquática e a população que utiliza o líquido.
O excesso de ferro no organismo provoca vômitos, diarreia e problemas intestinais, cardíacos e diabetes. Já a carência dele pode causar anemia. Esse elemento químico atua na formação da hemoglobina – pigmento do glóbulo vermelho que transporta oxigênio dos pulmões para os tecidos.
O acúmulo de ferro no fígado, no pâncreas e no coração pode levar a cirrose e tumores hepáticos, diabetes mellitus e insuficiência cardíaca, respectivamente. O ferro em excesso pode ajudar a gerar quantidades excessivas de radicais livres que atacam as moléculas celulares, desta forma aumentando o número de moléculas potencialmente carcirogênicas dentro deles.
Não tóxico
De acordo engenheiro florestal, Elielson Borges da Silva, apesar de não se constituir em um tóxico, o ferro traz diversos problemas para o abastecimento público de água. Confere cor e sabor à água, provocando manchas em roupas e utensílios sanitários. Também traz o problema do desenvolvimento de depósitos em canalizações e de ferro-bactérias, provocando a contaminação biológica da água na própria rede de distribuição. 
Somente o cloro não limpa e nem melhora o gosto da água com excesso de ferro. É necessário o uso de filtro com carbono ativado ou filtro de carvão para remover o ferro e limpar a água.
AP DIGITAL

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