sábado, 4 de maio de 2013

Me dê a mão e tudo mais que vc tiver, senão...

Olhem essa opinião sobre o posicionamento do PSOL acerca do movimento dos professores! Ou seja, se não compactar com tudo o que o governo pensa, já é uma espécie de oposição! Não há mais liberdade de expressão nesse Estado? 

PSOL MOSTRA A CARA - Por Rupsilva

Para começar a nota oficial do PSOL se posicionando sobre o movimento paredista dos professores é uma peça de extrema irresponsabilidade e mau gosto que serve para deixar claro como suas lideranças tratam seus acordos e os assuntos do Estado.
Todos sabem da importância do PSB na vitória de Clécio Vieira e de suas dificuldades financeiras para tocar seu projeto de governo na PMM. Daí a reaproximação festejada dos socialistas que dava entender que a aliança colocaria uma pá de cal nas esperanças da harmonia voltar ao poder.
Por esta razão considero a nota do PSOL, sócio majoritário e controlador do Sindicato dos Professores uma troça. Uma piada de mau gosto. O senador Randolfe Rodrigues só pode ter tido uma recaída inesperada, pensamos com justa razão. A práxis política do PSOL continua a mesma, pois além do apoio explicito aos professores, foge do problema.
Seu líder não consegue se posicionar com clareza sobre a atitude do seu sindicato por razões óbvias. Não se furtando patrocinar a atitude baderneira, injustificada dos seus militantes que desrespeitam a ordem, a autoridade e o direito dos jovens à educação, princípio básico garantido pela Constituição, ignorado por quem tem o dever de defender com unhas e dentes.
As cenas de agressão ao governador Camilo Capiberibe, esposa e auxiliares, que cumpriam com dignidade suas tarefas de gestor da coisa pública diante da comunidade da UEAP, anunciando medidas importantes, foi assistida por uma população estupefata que, pelas manifestações vistas e ouvidas, não suporta mais esse tipo de atitude que vem prejudicando ano a ano a formação de seus filhos.
O mais grave de tudo é que as teses defendidas em praça pública pela liderança do sindicato baseiam-se na mentira e não se sustentam. Em debate recente Elda Araujo, secretária de Educação e a sua Adjunta Lucia Furlan mostraram as inconsistências e incoerências das reivindicações do presidente Aroldo Rabelo, preocupado em fazer política partidária, leia-se PSOL, no lugar de defender os legítimos pleitos da categoria.

Outra coisa que está claro é que o Sindicato é mal dirigido e pessimamente assessorado ao demonstrar desconhecimento sobre seus direitos e os desacertos nas contas que faz. As perdas, por sinal, a maior delas tributada ao governo anterior que não foi questionado em nenhum momento por essa minoria de professores amotinados contra os interesses da sociedade, em um período em que só ganharam as lideranças do SINSEPEAP, dizem.
E por favor, nunca mais venham que a bolorenta tese do “rasgaram o estatuto do magistério” que seus dirigentes têm a obrigação de saber ter sido vitimado pela LDB, coisa que insistem em atribuir ao ex-governador João Capiberibe. E que a incorporação da regência não se trata de perda, mas de ganho para toda a categoria.
O resto é manifesta ignorância de quem não pode negar os fatos. Eles sabem que os socialistas sempre deram um tratamento correto às causas dos professores como a criação da mesma regência de classe que dobrou o salário dos mestres, tornando-o o maior do Brasil, um estímulo para trazer o professor para a sala de aula de onde fugiam com o diabo foge da cruz. A regência tocava-os de volta às salas de aula.
Por conta disso, penso que o PSOL tem a obrigação de vim a público se manifestar pela ordem pública e o respeito à autoridade constituida. Ou Randolfe e Clécio imaginam que as pessoas não os ligarão aos fatos? Ou que podem assumir o ‘não estou nem aí’, apostando no desgaste do governador que demonstrou responsabilidade ao apoiar Clécio no segundo turno das eleições municipais e que, num gesto de grandeza maior ainda, celebrou um acordo de parceria com a PMM no sentido de resolver seus graves problemas de ordem financeira? Será?
Fosse governador chamaria o partido para uma conversa, dura se possível, no sentido de definir essa arenga irracional do sindicato. Nada contra o direito de manifestação e de greve. Mas tudo contra a grosseria, a intransigência, a ignorância dos que preferem o caos: a turma do quanto pior melhor. Já basta Sarney que nada de concreto faz pelo Amapá a impedir, pelo vil e subalterno interesse político, o nosso desenvolvimento. O Amapaense de verdade protesta. Chega!!


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