sábado, 4 de maio de 2013

Quer que desenhe?

Algumas manifestações acerca da situação dos professores devem ser esclarecidas, pois parece que há uma certa carência de leitura e entendimento da causa por parte das pessoas. Vejo em muitos blogs, questionamentos tais como de Regina Penafort e outros (bem conceituados por sinal!). Bem, pode ser desconhecimento mesmo ou por motivos políticos partidários.
O aumento salarial deveria ocorrer independentemente de incorporação da regência, pois o piso deve ser o vencimento inicial, sem acréscimos e gratificações. Para se alcançar então, uma continha de matemática: 1.567,00  (proposta nacional) sendo que deve haver a atualização do valor segundo tempo de serviço e tabela + regência + outras gratificações, resultando no salário. Ao incorporar, o professor perde a regência e o Estado cumpre seu papel de não somente ter alcançado o piso, mas de ter até ultrapassado o valor! Bem, penso que o Estado poderia ter incorporado, mas depois de ter fornecido o aumento para que se alcançasse o valor ideal! Simples assim! 
Portanto, os professores  queriam a incorporação desde que não fosse dessa forma. Ah! E nada melhor do que sentar com a classe para discutir o assunto, afinal estamos tratando do "bolso" do trabalhador, de sua vida futura e de sua projeção financeira.

O TEXTO:

Afinal, o que quer o Sindicato dos Professores? – Regina Penafort

Na última sexta-feira, 26, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei enviando pelo Poder Executivo incorporando a regência de classe ao salário base professor. Mas, o que era motivo comemoração pelo Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), virou razão de protesto, sendo necessário até chamar a polícia para conter os ânimos dos educadores, que ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa, jogando até ovo nos parlamentares.
Minha mãe, que é professora há 15 anos do Estado, não entendeu. Na verdade faz tempo que ela não entende o que quer o sindicato que a representa, se é que a representa, como ela mesmo diz.
Minha mãe, que aqui prefiro não revelar seu nome, pois ela teme ser taxada de traída pelo sindicato, participou, no dia 15 de abril de 2010, de um ato público para cobrar do governo do Estado os acordos assinados com a categoria desde 2008. Detalhe: a briga era pela incorporação da regência.
Bom, o objetivo não alcançado e por alguma razão não teve greve. Não teve nada. O sindicato se calou.
Em 2012, ela fez até planos quando soube da proposta do governo de reajustar o salário do professor em 16,56%. Ganhando um salário de R$ 3.795,80, teria um acréscimo de R$ 628,83 no vencimento. Mas, teve mesmo que se contentar com o reajuste linear de 8%, porque o tal sindicato não aceitou a proposta do governo.
Mamãe, a exemplo de muita gente, não gosta de política, mas, isso não a torna uma mulher tapada, sem visão. Ela sabe, que se o governo pudesse atender todas as reivindicações do sindicato, ainda assim, a briga não iria parar.
Sabe por quê? Porque antes, o discurso do Sinsepeap era: “regência de classe não é salário, é gratificação, e gratificação é perdida na aposentadoria. Queremos a regência incorporada ao salário”.
Agora que tiveram a incorporação da regência no salário chamam de arbitrário o projeto do governo e xingam os deputados. Afinal, o que quer o Sindicato dos Professores que ao invés de defender acaba prejudicando a categoria?
A resposta talvez fosse manipulação, mas, essa questão, quem tem que responder é você educador e educadora, porque minha mãe já tem a resposta e vai se sair desse sindicato, que representa vários interesses, menos o seu.

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