domingo, 26 de maio de 2013

A entrada de médicos estrangeiros no País causa polêmica..

Um levantamento do governo mostra que faltam 50 mil médicos em todo o Brasil. Uma das saídas em estudo é importar profissionais de outros países, mas essa proposta polêmica enfrenta resistência, principalmente, de especialistas da área de saúde.
O governo alega que o Brasil não forma médicos suficientes e que o problema maior está nas cidades pequenas, no interior, onde não há profissionais nos hospitais e centros de saúde. Mas o Conselho Federal de Medicina questiona a qualificação de médicos estrangeiros.
Trazer médicos de outros países é uma das alternativas em estudo para diminuir o déficit que, segundo o governo, seria de 50 mil profissionais. A ideia é que os estrangeiros venham para atuar por um período limitado e exclusivamente em locais onde faltam médicos.
“Não pode ser tabu no Brasil ter uma política de atração de médicos com qualidade para atuar em regiões carentes que mais precisam no país. Outros países da nossa dimensão e países desenvolvidos têm políticas como essa de atração de médicos para áreas específicas e áreas carentes de médicos”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
Na semana passada, o ministro de Relações Exteriores chegou a discutir um acordo de cooperação com um representante do governo de Cuba para trazer cerca de seis mil médicos daquele país. A medida ajudaria a diminuir o desequilíbrio na distribuição dos profissionais.
O Distrito Federal tem, proporcionalmente, o maior número de médicos. São 4,02 por 1.000 habitantes. Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul têm uma média próxima ou superior a de países da União Europeia.
A situação é mais difícil em estados como Maranhão, Amapá e Pará, onde há menos de 1 médico por mil habitantes, índice comparável ao de países africanos.
Hoje, para atuar no Brasil, um médico formado no exterior tem que passar pelo Exame de Revalidação do Diploma, o Revalida, que é feito por um instituto ligado ao Ministério da Educação. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, nos dois últimos anos, 90% dos médicos que se inscreveram no exame foram reprovados.
O presidente interino do conselho diz que não é contra a vinda de médicos estrangeiros, mas defende que todos passem pelo exame. “É indispensável. É uma avaliação minimamente necessária para a segurança de valores absolutos como manutenção da vida e da saúde”, afirma Carlos Vital.
A proposta ainda está em estudo. O governo ainda avalia como dará o visto de trabalho para médicos estrangeiros.
Fonte: G1 

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