Fugas do Cesein: Polícia militar se pronuncia. Direção do Centro continua em silêncio

As três fugas de internos que ocorreram este mês no Centro Sócio Educativo de Internação (Cesein) levaram o tenente coronel Protásio, comandante do 8° Batalhão da Polícia Militar (PM) – responsável pela guarda externa do local – a se pronunciar sobre os fatos.

Juntamente com o tenente João Costa, que comanda a guarda do Cesein, eles conversaram com a reportagem de a Gazeta na manhã de ontem (27). Protásio disse ainda não ter recebido nenhum parecer da Fundação da Criança e do Adolescente (Fcria) órgão responsável pelo centro a respeito das fugas.

O oficial disse que a PM é responsável apenas pela guarda externa do prédio e que a segurança interna, ou seja, as rondas de rotinas nos alojamentos e o monitoramento são de responsabilidade de monitores e educadores que trabalham no local, o que deveria ser feito segundo o tenente João Costa, de meia em meia hora. “Se fossem feito dessa forma, as fugas não aconteceriam da maneira como estão ocorrendo.” comentou o tenente.

O fato de ninguém ter percebido os internos serrando as grades, chamou a atenção dos oficiais. Eles entendem que tem que ser investigado por parte da direção para esse fato.

Sobre a entrada de objetos como serras e outros produtos ilícitos, eles disseram desconhecerem os modos e formas utilizada para a entrada desses materiais.

Segundo Protássio, eles já tentaram conversar com a direção varias vezes, porém, ninguém da direção comparece nas reuniões marcadas. Protássio explicou que a intenção da polícia seria a de debater políticas para melhorar a segurança do local.

Ele finalizou dizendo que aguarda pelo ingresso dos novos soldados que estão sendo formados para aumentar o número do efetivo da guarda no local.

A reportagem tentou entrar em contato com a direção da Fcria para comentar sobre as fugas, porém, foi informado que a diretora, Edinete Pantoja, estaria em reunião o dia todo. (Ailton Leite/aGazeta)