sábado, 26 de janeiro de 2013

Agora médicos de sobreaviso terão 30 minutos para atender ocorrências

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou nesta semana uma norma que regulamenta as atividades de plantões presenciais e de sobreaviso dos médicos que prestam serviços na rede pública de saúde estadual. Um dos pontos de maior relevância no texto é o atendimento do profissional médico, que está de sobreaviso, aos hospitais da capital e o seu comprometimento quando for chamado para atender a um paciente.
Segundo o secretário de Saúde em exercício, Robério Monteiro, antes da regulamentação não havia limites ou controles desses plantões e, às vezes, o profissional era acionado e o atendimento só ocorria no outro dia. "É injustificado, numa cidade geograficamente pequena, como Macapá ou Santana, o profissional médico de sobreaviso levar horas ou até dias para responder a uma ocorrência", argumentou o secretário, complementando que "agora, todo médico de sobreaviso tem até 30 minutos para responder ao chamado".
Antes da regulamentação dos plantões, a Sesa descobriu que, nos anos de 2011 a 2012, alguns médicos que estavam de sobreaviso nunca chegaram a ser acionados para atender a uma ocorrência, o que só foi revelado quando os técnicos da secretaria fizeram uma análise quantitativa e qualitativa desses serviços. "Isso não justificaria manter um custo tão elevado para o Estado com tão pouco ou nenhum benefício direto ao usuário do SUS ou à gestão, somente ao profissional médico", pontuou o secretário.
Devido a isso, os profissionais que estiverem de plantão na modalidade sobreaviso atenderão em rede, ou seja, não haverá uma escala por especialidade para cada hospital e sim uma escala que atenda a todos os hospitais, sem prejuízo da demanda existente da especialidade. "O médico que estiver de sobreaviso nesse dia, e se for chamado ao Hospital de Emergência, ele deverá ir. Se for chamado ao Hospital de Clínicas Alberto Lima, também deverá atender ao chamado, e assim por diante. Afinal, um plantão de sobreaviso custa ao Estado R$ 500 e não é justo o profissional receber esse valor e deixar a população sem atendimento", ponderou Robério.
Diário do AMAPÁ

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