domingo, 21 de abril de 2013

Psicologia e Educação, avançando nas práticas

O documento, produzido por uma comissão de especialistas, foi apresentado durante as falas das debatedoras, que traçaram um panorama da inserção da Psicologia na Educação Básica e apontaram os desafios que a categoria ainda precisa enfrentar no campo.
Para a psicóloga e professora da Universidade Federal de Rondônia, Iracema Tada, o grande desafio é estabelecer um diálogo entre a (o) psicóloga (o) e os demais profissionais que atuam na escola para que não haja um trabalho partido, mas sim conjunto. “Temos que estar em interlocução com aqueles com quem vamos trabalhar, produzir novos arranjos. O psicólogo deve contribuir para manter em exercício redes de atenção à vida, redes que foquem as potencialidades dos indivíduos”, aponta.
Além disso, ela alerta para a necessária compreensão do ambiente escolar como forma de otimizar a atuação da Psicologia na Educação. “O cotidiano escolar é composto de fatos e contradições que permeiam o ensinar e o aprender, que interferem na forma da (o) psicóloga (o) executar o seu trabalho”, explica.
Na mesma direção aponta a psicóloga e professora da Universidade Estadual de Maringá, Marilda Facci, que reforça ser função da (o) psicóloga (o) participar do trabalho de elaboração, avaliação e reformulação do Projeto Pedagógico da Escola, destacando a dimensão psicológica ou subjetiva da realidade escolar. “Isso permite sua inserção no conjunto das ações desenvolvidas pelos profissionais da escola e reafirma seu compromisso com o trabalho interdisciplinar”, indica.
Para ela, as (os) psicólogas (os) tem que conhecer a realidade escolar, o corpo docente e a equipe pedagógica. “Esse conhecimento permitirá o planejamento, desenvolvimento e avaliação de diferentes possibilidades de intervenção”, ensina.
Sobre a integração da Psicologia com as demais profissões que atuam no contexto escolar, a psicóloga e colaboradora do CRP-06, Carmen Taverna, propõe que a categoria componha com a equipe da escola na elaboração, implementação e avaliação do Projeto Pedagógico e, a partir desse trabalho conjunto, que a (o) psicóloga (o) construa seu projeto de atuação.
Carmen Taverna enumerou ainda diversos desafios a serem enfrentados na inserção da Psicologia na Educação. Um deles é romper com a patologização, medicalização e judicialização das práticas educacionais nas situações em que as demandas por diagnósticos fortalecem a produção do distúrbio/transtorno, da criminalização e da exclusão.
Fonte: POL
O debate alcançou 800 pontos de acesso online, além da interação em tempo real com a categoria na página do CFP no facebook, com oito publicações, que alcançaram 56.485 pessoas.
O documento está disponível online na página do Crepop, veja aqui.

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