sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Confiança do empresário amapaense cai 2,3% em janeiro

Amapá teve desempenho negativo, de -0,3%. Os estados que se destacaram positivamente foram Maranhão (6,4%), Acre (6,3%), Mato Grosso (5,8%); Tocantins (4,0%), e Piauí (4,0). No Brasil, houve crescimento no volume de vendas de 1,3%
A confiança do comerciante sobre o crescimento da economia brasileira caiu em janeiro. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado hoje (1º) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou queda de 2,3% no mês passado em relação a dezembro, alcançando 127,6 pontos.
O índice que avalia as condições atuais foi o único dentre os três que compõem o Icec a apresentar elevação em janeiro (1,2%). O resultado, segundo a pesquisa, foi influenciado pela alta de 2,2% na percepção das condições atuais da economia, bem como a do próprio setor varejista, com alta de 1,3%.
O índice que mede as expectativas dos comerciantes registrou recuo em janeiro (-3,3%), influenciado pela queda das expectativas em relação ao setor varejista (-3,3%), em relação à economia brasileira (-3,5%) e à própria empresa (-3%).
Apesar do recuo, o estudo aponta que as expectativas para 2012 continuam otimistas, com 154 pontos, bem como em relação ao desempenho da própria empresa (160,8 pontos), ao setor varejista (152,8 pontos) e ao da economia brasileira (148,5 pontos).
O último índice do Icec, que mede os investimentos do empresário do comércio, também recuou em janeiro (-4,5%). A expectativa de contratação recuou 10,8% e o nível de investimento da empresa também caiu 1,6%, com 121 pontos, acima dos 100 pontos, considerado nível satisfatório de investimento.
A pesquisa ouviu cerca de 6 mil empresas localizadas em todas as capitais do país e as pontuações variam de 0 a 200.

Amapá

O estado do Amapá registrou em 2011 o menor índice de vendas no varejo dos últimos anos. A pesquisa a nível nacional que revela a posição do Amapá foi feita pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Geográficas (IBGE).
A pesquisa mensal do comércio feita pelo IBGE permite que seja analisado o comportamento conjuntural da comercialização varejista no país, investigando a receita bruta de revendas das empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas e cuja, atividade principal desenvolvida é o comércio varejista. As estatísticas divulgadas referente ao mês de novembro de 2011 mostraram que o Amapá ficou abaixo da média nacional que é 6,3%.
Segundo o presidente do Sindicato Comércio Lojista do Amapá, Marcos Antônio Cardoso, o ano de 2011 foi o que apresentou o pior resultado no setor varejista. “Em 2009 e 2010 registramos um percentual de vendas no varejo acima da média nacional que é 6,3% pontos, as vendas foram boas e o setor econômico se manteve estável. Um levantamento feito pelo IBGE referente ao mês de novembro de 2011 mostrou que o Amapá ficou em penúltimo lugar com -0,3 %, ficando à frente apenas do estado de Sergipe. Esse resultado é triste para o comércio local que ainda é movido por contracheques, sabemos que aqui não temos plantações de arroz, feijão e outros alimentos para culparmos perdas na safra, porque essa não é a nossa realidade,” observou.

Dados

Amapá teve desempenho negativo, de -0,3%. Os estados que se destacaram positivamente foram Maranhão (6,4%), Acre (6,3%), Mato Grosso (5,8%); Tocantins (4,0%), e Piauí (4,0). No Brasil, houve crescimento no volume de vendas de 1,3%.
Fator que provocou queda no varejo
Para Cardoso, o principal fator que contribuiu para a queda nas vendas do setor varejista foi a crise econômica do estado e a demissão em massa ocorrida no início de 2011 feita pelo setor público. Com o desemprego as vendas caíram significativamente. “Apesar de haver um crescimento de empregabilidade no setor da construção civil ocorrido devido as obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio em Laranjal do Jari e em Ferreira Gomes. Observamos que o número de vagas ofertadas e a maioria das pessoas que estão ocupando e que vão ocupar os postos de emprego são de fora do estado, detalhe que deve ser levado em consideração,” disse ele. 
Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas o crescimento no setor econômico vai influenciar a recuperação do setor varejista de forma lenta sem grandes saltos no primeiro semestre de 2012. O fator se deve ao fato dos novos empregos estarem situados no setor privado fora da capital.

Amapá Digital

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