quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Governo paralelo decreta estado de emergência no Bailique

Gilvam Borges protocolou documento no Palácio do Setentrião que registra a falência iminente dos serviços de saúde, educação, infraestrutura e segurança pública no arquipélago.

O ex-senador Gilvam Borges, líder do governo paralelo, protocolou ontem (1), no Palácio do Setentrião, o Manifesto da Cidadania em que decreta o estado de emergência no Arquipélago do Bailique. No documento endereçado ao governador Camilo Capiberibe, Gilvam Borges registra "o estado de emergência e falência iminente dos serviços públicos, que estão em atividades precárias no Arquipélago do Bailique".

No Manifesto da Cidadania, Gilvam Borges coloca o governo paralelo à disposição do governador Camilo, "diante da necessidade de ações para atendimento emergencial nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e segurança pública" na localidade ribeirinha. Segundo Borges, o sistema de abastecimento de água do Bailique, devido à precariedade, "está vitimando lentamente a população".
Uma das consequências da debilidade dos serviços essenciais no Bailique, segundo o Manifesto da Cidadania, é a superlotação dos barcos que aportam em Macapá com doentes em busca de tratamento na rede hospitalar estadual. Nesse caso, segundo Gilvam, o drama é acentuado por causa da falta de atendimento.
De acordo com o documento subscrito por Borges há um surto de Hepatite A no Bailique, provocado principalmente pela água contaminada consumida pela comunidade residente no arquipélago. Ele menciona também que a falta de medicamentos no sistema hospitalar torna o tratamento inacessível para a população.
Outro ponto crítico para os ribeirinhos são as passarelas, que segundo Gilvam Borges, "encontram-se em estado deplorável, violando o direito constitucional de ir e vir". A ponte do Igarapé do Birinvola, por exemplo, está prestes a desabar e, caso isso ocorra, a população ficará isolada do centro comercial e dos poucos órgãos públicos "que ainda funcionam de forma precária".
No Manifesto da Cidadania, Gilvam Borges ressalta que "se nenhuma providência for tomada pelo GEA Oficial, teremos graves conseqüências onde o governo poderá responder por negligência e incompetência". Borges acrescenta ainda que, além de tomar alguma providência em auxílio às comunidades do Bailique, o governo paralelo "está à disposição do Governo Oficial para uma ação conjunta".

Fonte: A Gazeta 

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